sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Sheilla lamenta arbitragem confusa contra Argentina

Brasil Argentina sul-americano vôlei feminino (Foto: Fabio Leme)

 
 

O baixo nível técnico e de estrutura do Campeonato Sul-Americano causa uma espécie de saia justa nas jogadoras e no técnico José Roberto Guimarães nas entrevistas. Fatos curiosos como hotel longe do local de jogo, ginásio acanhado e muito quente são obstáculos que muitas campeãs olímpicas têm que passar em Cartagena, na Colômbia, com muita paciência e sorriso no rosto. Na vitória por 3 sets a 0 sobre a Argentina, nesta quinta-feira, um novo percalço foi a arbitragem. Indecisos, primeiro e segundo árbitros batiam cabeça na hora de confirmar o ponto. Em determinados momentos do clássico, as brasileiras e o técnico José Roberto Guimarães não conseguiram esconder suas irritações. 

Mais calma após o final do duelo, a experiente Sheilla colocou seu ponto de vista. Acostuma a disputar grandes competições, a bicampeã olímpica trocou o tom de raiva por um de pena pelo nível de quem comanda a partida.

- É o que a gente fala, às vezes, não dá nem para reclamar. A gente vê que o árbitro está perdido. Dá até dó do árbitro, tadinho - disse a oposta.

Após mais de uma marcação assinalada a favor da Argentina, em lances duvidosos, Zé Roberto fez o sinal de que pedia um desafio. Mas o gesto para a arbitragem foi irônico. O comandante sabe que não há uso de tecnologia no Sul-Americano. Assim como Sheilla, preferiu adotar um discurso mais ameno do que o gesto dos braços batendo nas pernas visto durante a partida e explicou um dos motivos de tanta insegurança no apito.

- Isso faz parte. É complicado, pois são árbitros que não têm a oportunidade de apitar tantos jogos no ano. A gente tem que dar desconto para eles em relação aos erros que comentem, mas não foram erros gritantes, nada que tenha complicado...Enfim, é importante para eles apitarem jogos desse nível - declarou o treinador.

Porém, o experiente tricampeão olímpico fez questão de ressaltar que num todo o continente precisa evoluir, principalmente na qualidade de suas seleções e toda sua estrutura.

- Acho que a América do Sul toda precisa, é importante o trabalho. Tenho visto e conversado bastante com os treinadores dessas equipes, Colômbia, Venezuela, Uruguai, Paraguai são times que estão tentando trabalhar, melhorar o seu nível. A Argentina, talvez, tenha a chance de se classificar no Pré-Olímpico, que vai ser realizado na Argentina, em Bariloche, em janeiro. A torcida é grande (para a evolução de todos). Claro que são nossos adversários, mas quanto maior for o nível deles, melhor também para a gente.

A decisão da comissão técnica em trazer suas principais atletas para uma competição de baixo nível técnico se deve pelo fato de a seleção não poder participar da Copa do Mundo, que aconteceu no Japão. Por ser o país-sede, o Brasil ficou impossibilitado de atuar e preciso recorrer aos jogos amistosos e o Sul-Americano para dar ritmo às atletas e aprimorar seu condicionamento físico.

Com três vitórias, em três partidas, a seleção brasileira avançou à semifinal na liderança do grupo B. Nesta sexta-feira, enfrenta as colombianas, donas da casa, por um lugar na decisão de sábado. O jogo acontece às 21h (de Brasília).

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Sheilla conquista título em sua estreia pelo Vakifbank

Sheilla campeã da Supercopa da Turquia de vôlei (Foto: Divulgação )

Recém-chegada à Turquia, a oposta Sheilla já conquistou seu primeiro título pela sua nova equipe, o Vakifbank. Nesta terça-feira, a atleta da Seleção Brasileira realizou sua partida de estreia e conquistou o título da Supercopa Turca ao superar o Fenerbahce por 3 sets a 0, com parciais de 25/20, 25/18 e 25/23.

"Estou muito feliz! É muito bom chegar e já colocar uma medalha no peito. Fui muito bacana a recepção que tive quando cheguei. Mal deu tempo de descansar e já tivemos esta partida decisiva. Mas, valeu a pena. Espero que este tenha sido o primeiro de muitos", comentou a brasileira.

Para a oposto Sheilla, sua nova equipe teve uma boa atuação frente ao clube de Istambul, mesmo com a dificuldade enfrentada na terceira parcial do confronto decisivo.

"O time todo jogou muito bem. E estou contente também pela virada que fizemos no terceiro set. Estávamos perdendo de 16/23 e tivemos paciência e concentração para virar e fechar em 25/23", declarou.

Sheilla volta à quadra no próximo sábado para enfrentar o Burhan Felek, em partida válida pela primeira rodada do Campeonato Turco.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Sheilla fala sobre o jogo contra Itália no Mundial

Sheilla, seleção brasileira feminina de vôlei desembarque (Foto: Guilherme Costa)

A seleção é a atual bicampeã olímpica, mas perdeu duas vezes a final do Mundial para a Rússia, em 2006 e 2010. Sheilla, que esteve nas duas competições, também estava decepcionada, mas considerou muito importante a reviravolta do time para conquistar o bronze:

- Não é o resultado que a gente queria, mas o jogo contra a Itália foi muito importante. A gente queria muito estar no pódio. Faz parte não termos ficado com o título.Perdemos em uma hora que não podia - disse a jogadora.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Sheilla ganha prêmio individual no Mundial


Única brasileira a disputar o quarto Mundial de vôlei seguido, Sheilla deixou a Itália com duas premiações, uma por equipe e outra individual: o bronze e o prêmio de melhor atacante oposta.

O tão sonhado e inédito ouro, porém, não chegou. Para a jogadora de 31 anos, prata nos dois últimos mundiais e campeã nas duas olimpíadas mais recentes, a derrota por 3 a 0 para as americanas na semifinal vai ficar marcada na sua carreira.

"Foi o jogo mais difícil da minha vida. Ninguém dormiu essa noite, a gente chorou muito, o jogo não saia da minha cabeça. Fiquei feliz e emocionada com essa vitória [na disputada do bronze, sobre a Itália]. Felicidade de reverter a situação de ontem e a tristeza de não estar na final, os dois sentimentos vão existir, sim", completou a oposto.

Sheilla disse também que recebeu muitas mensagens positivas dos fãs nas redes sociais. "Muito mais apoio do que gente xingando, o que é um milagre acontecer no Brasil", disse, rindo.

Ao contrário da amiga Fabiana, com quem saiu abraçada e chorando de quadra neste domingo (12). Sheilla afirmou que se for para escolher entre Olimpíada e Mundial, prefere Olimpíada.

Já a central que também é capitã do Brasil pensava diferente logo após a conquista do bronze. "Vou ser sincera, meu grande sonho era ganhar o Mundial, porque a seleção feminina ainda não tem", disse Fabiana.

A capitã revelou ainda que as atletas quase passaram em claro a noite de sábado (11) para domingo. "Fui dormir às 2h30 com o jogo martelando na cabeça".

Além de Sheilla, a brasileira Thaísa recebeu o prêmio de melhor bloqueadora do Mundial. A jogadora, no entanto, não quis falar com a imprensa na área reservada aos jornalista na arena em Milão.

As outras premiadas foram: Ting Zhu (China), como melhor jogadora; Kimberly Hill (EUA), melhor atacante; Alisha Glass (EUA), melhor levantadora; Monica de Gennaro (Itália), melhor líbero; e Kimberly Hill (EUA), jogadora mais valiosa das finais.

O Brasil ainda ganhou o prêmio Fair Play, como a seleção mais disciplinada do campeonato. Zé Roberto foi vaiado pelos italianos ao receber a premiação. Curiosamente, o técnico recebeu cartão amarelo tanto na semifinal quanto na final, após reclamações com a arbitragem.

Antes de subirem ao pódio devido ao terceiro lugar, as jogadoras brasileiras choraram muito ao deixarem a quadra, que teve as arquibancadas lotadas por cerca de 12 mil italianos. Em seu primeiro Mundial, a oposto Tandara, 25, reserva imediata de Sheilla, foi uma das que mais estava emocionada. "Estamos muito baqueadas por tudo. A gente merecia estar no pódio de alguma maneira. Tristeza de não ter subido ao lugar mais alto, mas aliviada, não sei se é a palavra certa, de levar uma medalha para casa", comentou Tandara, chorando.

Também com lágrimas nos olhos, a líbero Camila Brait, 25, destaque da seleção desde o início da competição, mal conseguia falar antes de entrar no vestiário. "A gente fica muito chateada, é muito recente [a derrota para os EUA], muito triste não estar na final", disse a jogadora que, pela primeira vez, foi titular em um Mundial.

Já Fabiana, 29, em seu terceiro Mundial mas sem saber ainda se estará no próximo, em 2018, disse que a seleção já deve pensar na Olimpíada do Rio. "Foco em 2016, mais um sonho. A gente sempre brinca que, quando perde um Mundial, a gente ganha a Olimpíada", lembrou.

Thaísa e Sheilla são eleitas para o 'time dos sonhos' do Campeonato Mundial feminino

Thaísa (à esq.) e Sheilla (à dir.) durante a premiação - Foto: Divulgação / FIVB

A central Thaísa e a oposto Sheilla foram as duas jogadoras da seleção brasileira escolhidas para o "time dos sonhos" do Campeonato Mundial feminino, encerrado neste domingo na Itália com o título dos Estados Unidos.

Tháisa foi eleita a melhor central, enquanto Sheilla ganhou como melhor oposta. As chinesas Ting Zhu (ponteira) e Junjing Yang (central), as norte-americanas Kimberly Hill (ponteira) e Alisha Glass (levantadora), e a italiana Monica DeGennaro (líbero) também foram selecionadas.

O prêmio de melhor jogadora do torneio ficou com Kimberly Hill, fundamental para que os Estados Unidos conquistassem um título inédito. Ela anotou 159 pontos ao longo do campeonato, sendo 20 na final contra a China.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Sheilla: no coração de fãs italianos e querendo ser campeã mundial



Sheilla  é talentosa, sincera e ambiciosa: "Eu estou  cansada de
ganhar a medalha de prata no Mundial. Ele é o meu quarto mundial e eu quero  ganhar o título. Seria uma final fantástico de um ciclo maravilhoso . Especialmente para mim que terei o último mundial da carreira. Em 2018,  vou estar com 35 anos e nesse meio tempo eu gostaria de começar minha família e ter um bebê. "

Nas edições anteriores desta jogadora incrível, nascida em Belo Horizonte e com mais de 100 aparições, uma das principais jogadoras do Brasil, ganhou duas de prata e uma de bronze. De 2004 a 2008, Sheilla jogou em Pesaro. "É bom que os fãs se lembram de mim. Joguei na Itália há muito tempo, quando conquistei o título italiano, a Supercopa e a Copa CEV. Vou sempre manter as memórias no meu coração. Eu era tão jovem!"

A maneira como Sheilla fala sobre sua experiência na Itália sublinha a sua simpatia, um dos dons preciosos e qualidades desta jogadora maravilhosa de voleibol. Desde 1997, Sheilla é um peça-chave na equipe do Brasil, com uma invejável série de sucessos. As levantadoras mudam, mas a oposto ainda é a  Sheilla. "Eu me divirto com Dani Lins como no passado com as outras levantadoas. Quem me conhece, sabe que faço o meu melhor, a fim de adaptar o mais rápido possível o meu jogo para novas condições. "

"No entanto, eu ainda sinto falta o título de campeão mundial com a minha equipe nacional", Sheilla sempre se repete. Agora é nossa chance de conquistar o ouro. Estamos conscientes de que será mais difícil do que no passado. O Campeonato dura mais tempo, envolvendo um cansaço maior, físico e mental."

Sabendo que os torcedores esperam sempre ma vitória da seleção feminina, de tão vitoriosa que é, Sheilla segue repetindo o mantra, de ser campeã mundial.

sábado, 20 de setembro de 2014

Sheilla vai para o seu quarto Mundial de Vôlei



No grupo das 14 jogadoras que representarão a seleção feminina de vôlei no Mundial da Itália, a partir da próxima terça-feira, nenhuma disputou tantas a competição quanto a bicampeã olímpica Sheilla. A oposto, de 31 anos, está na reta final de preparação para participar do seu quarto torneio consecutivo.

- É muito gostoso fazer parte da seleção e cada Mundial é uma experiência diferente. Estamos com um grupo muito unido e focado nesse campeonato. Acreditamos na nossa equipe. Sabemos da dificuldade que teremos pela frente - Sheilla.

Para a experiente jogadora que têm no currículo duas medalhas de prata nos Mundiais de 2006 e 2010, a competição será vencida pela equipe mais bem preparada.

- Acho o Mundial o campeonato mais difícil de disputar pelo formato e o tempo de competição. Além de jogar um grande número de partidas, podemos cruzar algumas vezes com o mesmo time pelo sorteio. Acredito que na fase final vão chegar as seleções mais bem preparadas e merecedoras - salientou.

O Brasil estreia no Campeonato Mundial na próxima terça-feira, contra a Bulgária, às 15h (de Brasília). No grupo da seleção ainda estão Canadá, Turquia, Camarões e a Sérvia.

O time brasileiro que disputará o Mundial é formado pelas levantadoras Dani Lins e Fabíola, as opostos Sheilla e Tandara, as centrais Thaisa, Fabiana, Carol e Adenízia, as ponteiras Jaqueline, Natália, Fernanda Garay e Gabi e as líberos Léia e Camila Brait.