quarta-feira, 3 de julho de 2013

Recém-casadas da seleção feminina sofrem com a saudade dos maridos







 

A seleção brasileira feminina de vôlei treina em Saquarema para o Grand Prix, que começa no dia 2 de agosto. Entre as convocadas por José Roberto Guimarães, três jogadoras têm algo em comum. As opostas Sheilla e Monique, além da líbero Camila Brait são as recém-casadas da equipe.

As três jogadoras subiram ao altar logo depois da última Superliga, em abril. Só quem teve uma grande folga foi Sheilla, que voltou ao time brasileiro apenas em meados deste mês. Monique e Camila foram convocadas para as primeiras competições da temporada, ainda em abril. Monique teve que "chorar" para garantir a lua de mel.

"Fui convocada uma semana antes do casamento. Eu me apresentei e, na quarta-feira, o Zé Roberto me liberou para o casamento", lembra Monique. "Quando fui convocada eu conversei com ele e ele estava ciente que teria o casamento e que já tinha acertado a viagem de lua de mel. Deu certo e eu me apresentei de novo 10 dias depois do grupo", completa. Monique e Guilherme Damaceno, que é ex-goleiro de futsal, se casaram no dia 20 de abril após dois anos de namoro, e viajaram para Cancun.

No mesmo dia, Sheilla trocou alianças com Breno Blassioli, assistente do time de basquete do Pinheiros, em cerimônia em Campos do Jordão, região serrana de São Paulo. Ela pediu uma folga maior a José Roberto Guimarães e voltou ao time apenas na convocação para o Grand Prix. Já Camila Brait se casou no dia 14 de abril e curtiu uma temporada nos Estados Unidos com o marido, o economista Caio Conca. No dia 29 do mesmo mês ela se apresentou para José Roberto Guimarães.

Sheilla e Breno se casaram no dia 20 de abril em uma cerimônia em Campos do Jordão, em São Paulo. Foto: Reprodução/Instagram

Agora, longe dos maridos e treinando de segunda à sexta com a seleção brasileira, o jeito é relembrar os tempos de namoro. "Como estou treinando em Saquarema e ele está no Rio, nos vemos todos os finais de semana. Quando eu voltar para Uberlândia também vou tentar vir para cá aos finais de semana. Ele entende a nossa rotina e sabia que teria essa distância", diz Monique, que defende o Praia Clube, time da cidade mineira. Guilherme segue no Rio de Janeiro, onde cursa engenharia.

Sheilla, por enquanto, até vê um ponto positivo na distância. "Eu torço pra que chegue logo a sexta-feira e agora até é uma saudade gostosa. Quando tiver em competição que vou ficar mais tempo longe que vai ser a saudade dolorida".

A oposta namorou com Breno dois anos antes de se casarem e decidiram morar juntos após as Olimpíadas de Londres. "Ele morou sozinho desde os 20 anos. Também morou nos Estados Unidos quando era jogador e já morou com outra namorada. Mas há três anos estava morando com a mãe. Agora até falou que iria voltar para casa da mãe, mas disse que tinha era que ficar na nossa casa", conta Sheilla. 

E na vida de jogador, é comum morar sozinho e se afastar da família para defender algum time longe de casa. Com isso, os afazeres domésticos não são novidades. Mas as recém-casadas contam com ajuda.

"Eu tenho uma pessoa que cuida de tudo lá em casa. De vez em quando eu vou cozinhar. Eu gosto de cozinhar, mas é raro. No Dia dos Namorados eu fiz alguma coisa especial, mas só assim. E eu tenho um problema. Toda vez que eu vou para cozinha, faço muita bagunça e depois fica tudo lá para arrumarem", diverte-se Sheilla.

Ela até tenta fazer alguma surpresa para o marido, mas a ajuda não lhe falta. "Tive a folga da seleção e foi bom para curtir o meu marido e também a família, mas como ele seguiu trabalhando, não foi nenhuma vezinha comigo para Minas (a família da atleta mora em Belo Horizonte e em Sete Lagoas). Mas eu aproveitei para resolver toda a burocracia de documentos, nome novo. Também ficava na internet procurando receitas para fazer para ele. Mas eu não fiz, não. Pedi para a pessoa lá de casa fazer para mim", confessa.


Leia as NOTÍCIAS atualizadas do Voleibol
Veja FOTOS do Voleibol
Assista VIDEOS Voleibol

0 comentários:

Postar um comentário